O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus está agora na velha Europa. Os índices de envelhecimento dos países europeus fazem temer o pior e justificam a preocupação e a tomada de medidas extremas. Vencida a crise, que lições tirar de tudo isto? Falámos com Maria João Valente Rosa, especialista em demografia, o psiquiatra Júlio Machado Vaz e o pneumologista Filipe Froes.
De repente, de um dia para o outro, a vida como a conhecíamos, puf. Ruas desertas, lojas fechadas, escolas encerradas, voos cancelados, pais e filhos que se viam de relance de manhã e à noite agora o dia todo juntos, filhos adultos que ligavam de semana a semana aos pais, agora todos os dias a lembrar-lhes que têm de ficar em casa, almoços e jantares de família ou amigos adiados sine die, no país do presentismo, muita gente em teletrabalho, outros sem poder trabalhar de casa nem fora dela e outros ainda para quem o mundo não parou, antes acelerou. Gente de máscara e luvas e gel desinfetante e distanciamento físico. Beijos e abraços proibidos até ver.
Por estes dias, em que a maioria está ligada dia e noite às redes sociais, o que não faltam são vídeos humorísticos, memes e quejandos sobre os tempos que vivemos. O “de repente, puf” é bem ilustrado por um vídeo que circula de uma família europeia de férias na neve falando descontraidamente do novo coronavírus. Não há problema, está na China, é longe, não é connosco. Lá em cima, começa a desenhar-se uma avalanche, mas eles não dão por isso. É lá longe, no Irão, não é com eles. A avalanche aproxima-se a grande velocidade. Só percebem quando lhes cai em cima. Puf. (…)
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